Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Biblioteca Escolar / Centro de Recursos da ESSMO

O importante não é onde chegas, mas o caminho que percorres.

Biblioteca Escolar / Centro de Recursos da ESSMO

O importante não é onde chegas, mas o caminho que percorres.

Citação do dia

Primeiro de dezembro de 1640|Restauração da Independência

Joao_IV_proclaimed_king.jpg

Por Veloso Salgado - English Wikipedia, original description is/was here., Domínio público, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=2391617

 

A morte de D. Sebastião, em Alcácer Quibir, sem deixar descendência e outros motivos de natureza vária que não cabem neste pequeno resumo contribuiram para a perda da Independência de Portugal.

Sem um sucessor directo, a coroa passou para Filipe II de Espanha. Este, aquando da tomada de posse, nas cortes de Leiria, em 1580, prometeu zelar pelos interesses do País, respeitando as leis, os usos e os costumes nacionais.

Com o passar do tempo, essas promessas foram sendo desrespeitadas, os cidadãos nacionais foram perdendo privilégios e passaram a uma situação de subalternidade em relação a Espanha.

Esta situação leva a que se organize um movimento conspirador para a recuperação da independência, onde estão presentes elementos do clero e da nobreza.

A 1 de dezembro de 1640, um grupo de 40 fidalgos introduz-se no Paço da Ribeira, onde reside a Duquesa de Mântua, representante da coroa espanhola, mata o seu secretário Miguel de Vasconcelos e vem à janela proclamar D. João, Duque de Bragança, rei de Portugal.

Terminam, assim, 60 anos de domínio espanhol sobre Portugal.

 

0.jfif

 

 

O golpe palaciano de 1 de dezembro de 1640 foi o resultado de uma conspiração de nobres e letrados que se vinha preparando havia muito tempo.
O movimento libertador do domínio espanhol acabou por realizar-se um pouco precipitadamente por imposição das circunstâncias, visto que o duque de Bragança tinha sido chamado a Madrid e com a sua partida ficaria a faltar um chefe capaz de assumir as reponsabilidades do golpe.
De facto, reuniões de fidalgos realizavam-se já no palácio de D. Antão de Almada, ao Rossio, assistindo a elas o Dr. João Pinto Ribeiro, um dos cérebros da revolta, que tratava dos negócios do duque de Bragança em Lisboa, mantendo a ligação entre este e os conspiradores.
Assim, na manhã de 1 de dezembro, inúmeros fidalgos introduziram-se no Paço Real, ocultando as armas sob as roupas, e, por volta das nove horas, a um sinal de D. Miguel de Almeida, assaltaram subitamente o palácio, derrubando tudo quanto se lhes tentou opor.
Rebuscaram a sala do secretário Miguel de Vasconcelos e, encontrando-o escondido num grande armário de madeira, assassinaram-no sem qualquer troca de palavras. Tendo atirado o corpo pela janela para a praça, lançaram depois sobre ele algumas peças de prata, salvas, castiçais, doces e queijos, para atrair a massa popular, que olhava de longe, desconfiada.
Imediatamente, inúmeros mendigos se lançaram sobre ele e, estimulados pela gulodice, entraram no palácio, saqueando-o totalmente.
Entre o início do assalto e a proclamação do novo rei, D. João IV, que se encontrava no Palácio de Vila Viçosa, mediou apenas um quarto de hora, durante o qual se deu a queda de todo um regime e se restaurou a independência nacional.
O grupo de nobres e letrados que deu origem ao golpe sabia poder contar com a adesão popular. Todavia, não recorreram ao povo para a realização dos seus intentos.
Assim, logo após o golpe, foi designado um governo provisório incumbido dos assuntos mais urgentes até que D. João IV chegasse a Lisboa.
Para esse governo foram escolhidos os arcebispos de Lisboa e Braga, bem como o inquisidor-geral D. Francisco de Castro, que, tendo-se recusado a aceitar o cargo, foi substituído pelo visconde D. Lourenço de Lima.
De toda a parte, chegavam notícias de que a revolução tinha obtido um êxito completo e fulminante.
No entanto, D. João IV teria ainda de enfrentar diversos problemas de maneira a confirmar o movimento restaurador: por um lado, obter o reconhecimento da independência de Portugal e, com ele, o da sua realeza; por outro, conseguir alianças suficientemente fortes para oferecerem uma garantia efetiva contra as arremetidas de Espanha, que se esperavam logo que este país conseguisse libertar-se das lutas que travava na Europa e da insurreição catalã.
Apesar disso, a abundante literatura político-jurídica entretanto surgida encarregou-se de demonstrar a legitimidade da Restauração, a fim de obter o reconhecimento pelas outras potências e fortalecer a nova autoridade em Portugal.

Para saber mais sobre este episódio da história de Portugal, clique aqui em Restauração.

 

 

Fontes:

Primeiro de dezembro de 1640 in Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2020. [consult. 2020-11-30 17:54:16]. Disponível na Internet: 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_IV_de_Portugal

https://www.leme.pt/magazine/efemerides/1201/restauracao-da-independencia-de-portugal.html 

 

Vozes das trincheiras - I Guerra Mundial | vídeo

vozes.png

 Visualizar |

 

Portugal enviou mais de 50 mil homens para as trincheiras da Flandres, durante a I Guerra Mundial. Conheça algumas das suas histórias e as memórias que deixaram com familiares.

 

A I Guerra Mundial levou milhares de jovens portugueses até França, onde combateram as tropas alemãs e as do Império Austro-Húngaro.

As duas divisões formadas em Portugal combateram como força independente até Abril de 1918, quando foram surpreendidas por um intenso ataque às suas posições. Na batalha que ficaria conhecida em Portugal como a batalha de La Lys, os portugueses perderam mais de sete mil homens, mortos ou feitos prisioneiros do inimigo.

 

Referência: Vozes das trincheiras. (2018). Vozes das trincheiras. Retrieved 4 November 2018, from http://ensina.rtp.pt/artigo/vozes-das-trincheiras/?fbclid=IwAR1jKj1lRuRo_TsDtb_BXXC75rA

 

 

Fonte:https://blogue.rbe.mec.pt/

 

 

Lugares Europeus distinguidos com a Marca do Património Europeu

Segundo informação recebida do  Arquivo Nacional da Torre do Tombo:

 

Para além da distinção Marca Património Europeu atribuída à  Carta de Lei de Abolição da Pena de Morte em Portugal (1867), 19 outros lugares / documentos obtiveram igualmente esta distinção.

A atribuição da Marca do Património Europeu tem por objetivo fortalecer o sentimento de pertença entre os cidadãos europeus sensibilizando-os  para lugares/documentos  que tenham desempenhado um papel significativo na história, cultura e desenvolvimento da União Europeia. Conheça-os aqui

 

 

 

 

 

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.