Nove Mil Passos
Francisco d’Ollanda – um dos primeiros humanistas portugueses – toma, no século XVI, a incumbência de encontrar uma solução para a sede crónica na capital do Reino. Mas várias adversidades abortam esta tentativa. A sua morte acaba, contudo, por não ser um obstáculo a que «acompanhe» e nos relate as peripécias da construção do Aqueduto das Águas Livres, iniciada apenas no reinado de D. João V, na primeira metade do século XVIII.
Sob a forma de espírito omnipresente e omnisciente, ele narra paralelamente – num tom intimista e humorístico – as intrigas da Corte, a libertinagem e o fausto da vida do rei, o despontar da Maçonaria e o quotidiano surrealista de uma sociedade que vacila entre as crendices e o terror à Igreja. Mas ter-se-á Francisco d Ollanda limitado ao papel de testemunha durante as duas décadas que levaram a ligar, numa extensão de Nove Passos, a Fonte das Águas Livres a Lisboa?
in contracapa
Pedro Almeida Vieira nasceu em Coimbra em 1969, viveu a sua juventude em Anadia e licenciou-se em Engenharia Biofísica pela Universidade de Évora. Depois de uma experiência no associativismo ambiental, tornou-se jornalista em 1995, tendo colaborado sobretudo com o Expresso, Fórum Ambiente Diário de Notícias e Grande Reportagem, Actualmente, escreve na revista Notícias Sábado.
Nos últimos anos recebeu três prémios de imprensa e foi distinguido em 2003 com o Prémio Nacional do Ambiente «Fernando Pereira».
É autor de O Estrago da Nação (2003), um ensaio jornalístico sobre o estado do ambiente em Portugal – considerado por dois críticos do semanário Expresso como um dos 10 melhores livros do ano – e de Portugal: O Vermelho e o Negro (2006), que aborda a dolorosa realidade dos incêndios florestais.
Estreou-se na ficção com o romance Nove Mil Passos (2003), a que se seguiu O Profeta do Castigo Divino (2005), ambos aplaudidos pela crítica e pelos leitores.
in "Nove Mil Passos"