A língua portuguesa assinalou, no passado dia 27, oficialmente, os 800 anos de existência. É a data do testamento do rei D. Afonso II, o primeiro documento que se conhece em português.
De princípios do século XIII eram já conhecidos dois textos originais escritos em português - a Notícia de Torto e o Testamento de Afonso II. Recentemente foi descoberto um outro documento original, também escrito em português, mas de 1175 - a Notícia de Fiadores.
IAN/TT, Mosteiro de São Cristóvão de Rio Tinto, maço 2, documento 10; 120×327mm
Novo portal ajuda alunos a escolherem cursos superiores
De acordo com o blogue da BRE, existe um novo portal, da responsabilidade do Mininstério da Educação e Ciência, que se assume como uma ajuda aos alunos no processo de candidatura aos cursos do ensino superior.
O portal está online [http://infocursos.mec.pt/] e foi desenvolvido pela Direcção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência e pela Direcção Geral do Ensino Superior. Permite aos candidatos ao ensino superior e ao público em geral o acesso a informação relevante para escolherem melhor a sua formação.
Hoje, dia 13 de Junho celebram-se os 126 anos do nascimento de Fernando Pessoa. Provavelmente o autor português mais traduzido, deixou inédito um extenso legado que só progressivamente tem sido dado a conhecer ao público, fruto do dedicado, persistente e paciente trabalho de gerações de pessoanos. Muito se tem publicado, desde o trabalho pioneiro de Adolfo Casais Monteiro, em 1942, mas a análise atenta do espólio de Pessoa (cerca de 27.000 documentos à guarda da Biblioteca Nacional de Portugal) ainda permite (e irá permitir) ocasionais descobertas de materiais inéditos, sejam textos poéticos, de ensaio, ou pensamentos soltos.
Se em grande medida viveu para a escrita, as circunstâncias nunca lhe permitiram viver da escrita, de que é sintomática a forma como, em Março de 1935 - o ano da sua morte - se autodefine: “A designação mais própria será «tradutor», a mais exacta a de «correspondente estrangeiro em casas comerciais». O ser poeta e escritor não constitui profissão, mas vocação.”
Vocação que assumiu como desígnio, e sentindo que a sua voz era insuficiente para o cumprir, criou a voz de outros, nascendo desta forma o intrincado universo heteronímico de Pessoa - onde pontuam Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis - e que constitui um dos traços mais marcantes da originalidade e genialidade do autor.
Trabalhou para o reconhecimento. "I know not what tomorrow will bring", consta ter sido a última frase escrita pelo seu punho. Pois bem: o amanhã haveria de trazer-lhe a aclamação universal.
Pode ainda ler, aqui, a nota biográfica de Fernando Pessoa, da autoria de João Oliveira.