José Saramago - Nobel da Literatura 1998
José Saramago , amado por uns, odiado (ou quase) por outros, deixou uma marca indelével na nossa literatura. Para além da sua obra literária, que eu aprecio de facto, deixou o país radiante quando, em 1998, recebeu o prémio máximo da literatura mundial: o Prémio Nobel.

Morreu ontem. Mas, como afirmou um dia, ao morrer apenas deixou de estar aqui. No entanto, segundo ele, haveremos de nos encontrar num qualquer outro lado.
E se incitar à (re)leitura dos seus livros é o que se espera que eu faça neste momento, apetece-me transcrever uma citação do Livro dos Conselhos que Saramago colocou (ou permitiu que colocassem) na contracapa da 2ª edição da Caminho do seu famoso Ensaio sobre a Cegueira: Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara.
Saramago, olhou à sua volta. Viu. E reparou. E, felizmente, criou.
E se me é permitido agora aconselhar a leitura dos livros de José Saramago, destaco dois: O Ensaio sobre a Cegueira e Memorial do Convento. Ou deveria destacar O Evangelho Segundo Jesus Cristo? Ou Caim? Ou A Jangada de Pedra? E por que não A Viagem do Elefante? Ou Poemas Possíveis? Talvez até O Ano da Morte de Ricardo Reis ou, o menos conhecido mas não menos interessante, A Caverna.
Bom! Leiam qualquer um.
Saramago morreu. Viva Saramago!
Maria de Deus Monteiro